Os docentes de Educação Especial são muitas vezes confrontados com a necessidade de criar material específico para trabalharem com os seus alunos. A razão dessa necessidade prende-se com inúmeros factores, nomeadamente:
- necessidade de enveredar por um caminho diferente, uma vez que tendo já sido colocado em prática algumas estratégias ou metodologias, as mesmas se revelaram insuficientes ou mesmo inadequadas para o aluno;
- necessidade de escolher metodologia e actividades diferenciadas por o aluno apresentar handicaps inerentes à sua problemática;
- necessidade de utilizar metodologia sistematizada, devidamente estruturada, com definição de objectivos parcelares, que ajude a organizar a informação e a preparar o aluno para aquisições posteriores mais complexas;
- necessidade de diferenciar actividades dado que o aluno com NEE necessita, por norma, de mais tempo para consolidar as aprendizagens. A diversificação de material torna-se fundamental para manter a motivação e interesse do aluno, evitando situações de fracasso e de insucesso.
Também, relativamente à aprendizagem da leitura, muitas vezes é necessário diferenciar a metodologia adoptada junto das crianças com NEE, o que passa muitas vezes pela escolha de um outro método de leitura. Consoante a problemática do aluno, muitas vezes o docente sente necessidade de recorrer a outro material, que complemente ou reforce as aprendizagens do aluno, uma vez que ele necessita de mais tempo para as efectuar e consolidar. Outras vezes, o material existente, revela-se ineficaz para alguns alunos. Exemplo disso, são alguns casos de alunos com paralisia cerebral, onde os espaços destinados à escrita manuscrita se revelam demasiado pequenos. Para além dos manuais e fichas de trabalho, que muitas vezes têm de ser adaptadas à problemática do aluno, o recurso a imagens, o uso de letras, sílabas e palavras móveis, a utilização de apresentações electrónicas são alguns exemplos de material que podem ser utilizados, na sala de aula, para promover a aprendizagem da leitura junto de alunos com NEE. Relativamente ao método das vinte e oito palavras, utilizado muitas vezes com sucesso, junto de alunos com dificuldades de aprendizagem, verifica-se que existe algumas carências relativamente a material disponível: além de existirem poucos manuais, o número de fichas de trabalho que os acompanham são manifestamente insuficientes para promoverem o reforço e consolidação das aprendizagens. Acresce ainda o facto que esse método de leitura deve ser complementado com a utilização de material manipulável (de preferência resistente e com alguma textura) que permita à criança manusear as sílabas e formar novas palavras.
Exemplos de algum material que o docente de educação especial pode arranjar para complementar o método das vinte e oito palavras:
- quadros silábicos compostos por imagens e sílabas manipuláveis
- fichas de trabalho
- programa de leitura em power point
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